A Origem Milenar das Pipas: Entre Lendas, Dragões e o Desejo de Voar

A arte de confeccionar e empinar papagaios é tão antiga quanto o próprio desejo do homem de voar. No entanto, a história exata dessa invenção permanece envolta em mistério, sem documentos concretos que cravem uma data ou um único inventor.

Grécia ou China? O debate histórico

Alguns estudiosos atribuem ao cientista grego Arquitas de Tarento o mérito de ter empinado o primeiro artefato voador controlado por linha, séculos antes de Cristo.

Outras teorias são mais curiosas e sugerem que a invenção surgiu da vaidade militar: nobres que, desejando tornar seus brasões mais visíveis em batalhas ou celebrações, reforçavam bandeiras com varetas cruzadas, criando acidentalmente os primeiros protótipos.

A Origem Milenar das Pipas Entre Lendas, Dragões e o Desejo de Voar


A evolução dos materiais e a tradição Chinesa

A construção das pipas variou conforme a geografia:

  • No Egito: Eram feitas com papiro.
  • No Japão: Utilizava-se o delicado papel de arroz.

Porém, é inegável que foram os chineses, há mais de dois mil anos, que elevaram essa prática a outro nível. Utilizando papel de seda colorido, eles transformaram o objeto em ferramenta espiritual.

O simbolismo do Dragão

Na China antiga, as pipas eram usadas em rituais para se comunicar com os dragões, considerados os espíritos protetores dos ares.

Aqui vale uma distinção cultural importante: ao contrário da visão ocidental, onde o dragão é frequentemente retratado como um monstro ou símbolo de adversidade, no Oriente ele é uma divindade benéfica. Ao empinar uma pipa com a forma ou pintura de um dragão, o objetivo era atrair boa sorte, prosperidade e proteção divina.

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