China E Seus Dragões Dos Ares: A Origem Das Pipas

Uma das mais antigas histórias sobre pipas relata sua utilização militar na China, datada de aproximadamente 200 a.C., conforme o relato do general Han Xin. Han Xin, um dos fundadores da dinastia Han, era líder de uma tropa rebelde com o objetivo de invadir o palácio de Wei-Yang para destituir um imperador tirano. Ao compartilhar o plano com seus generais, Han Xin enfrentou uma forte resistência, pois o exército inimigo era numeroso e estava bem protegido dentro do castelo. Ele então teve a ideia inovadora de construir e lançar uma pipa sobre os muros do castelo para medir a distância necessária para escavar um túnel. Essa estratégia permitiu que seus soldados construíssem o túnel com precisão, surpreendendo o inimigo e derrubando o imperador.

Inicialmente, as pipas eram retangulares e amplamente utilizadas para fins militares. Uma lenda conta que, durante a dinastia Han, um general cercado lançou pipas com harpas eólicas sobre os campos inimigos durante a noite. O som fantasmagórico provocado pelas harpas assustou os adversários, levando-os a fugir em pânico.

No início da dinastia Han, com o surgimento do papel rudimentar, a fabricação de pipas era restrita às classes mais altas. Porém, com a popularização do papel, a pipa se tornou uma forma de arte popular, evoluindo de formas retangulares para complexas representações com significado ritualístico e religioso. Um dos modelos tradicionais mais admirados é o pipa-dragão, considerado o “espírito dos ares”. O dragão, símbolo central da cultura chinesa, combina características de cobra, peixe, cervo e águia, representando a força e a identidade nacional.

Conforme a influência da China se expandia, as pipas e outros artefatos culturais foram introduzidos em países vizinhos, como Japão e Coreia, ganhando novos significados e adaptações locais.

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